O detento Edson Félix dos Santos, que mantém a ex-mulher refém desde terça-feira em Osasco, na Grande São Paulo, não quer negociar, afirma a polícia. De acordo com os policiais que estão no local, Edson não apresenta reivindicações. Segundo os negociadores, o detento diz apenas que prefere morrer a voltar para a prisão. No início da noite, a polícia cortou a água e a energia elétrica do imóvel para tentar forçar a negociação. A polícia prometeu não invadir a residência para preservar a integridade da vítíma e de Edson.

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O detento já cumpriu pena anteriormente por assalto. Atualmente, ele cumpre pena por porte ilegal de armas e recebeu autorização da Justiça para deixar a cadeia nas festas de fim de ano. Inconformado com a separação e com denúncias feitas à polícia, Edson, de 34 anos, seguiu para a casa da ex-mulher, onde chegou armado no meio da tarde desta terça-feira, para se vingar. Ela teria denunciado o ex-marido.

Como uma das condições para se entregar, Edson chegou a pedir a presença dos irmãos no local. Eles foram até lá, conversaram com o seqüestrador, mas o detento não se entregou.

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Ele ainda teria pedido a presença das duas filhas. Ele teria dito que queria se despedir delas. A polícia não atendeu ao pedido por medo de Edson se matar na frente das meninas.

Por volta das 7h, uma equipe de paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entrou na residência, mas não há informação sobre feridos. Ainda pela manhã, o seqüestrador liberou os vizinhos da ex-mulher , que estavam numa casa dos fundos.

A polícia permaneceu no local e retomou as negociações no começo da manhã. Durante a madrugada, a pedido de Edson, as conversas foram suspensas. Toda a região da Rua Marechal Edgar de Oliveira, uma travessa da Avenida dos Autonomistas, está bloqueada pela polícia. Muitos vizinhos estão no local acompanhando o caso.

O impasse teve início por volta das 15h30, quando o criminoso chegou armado ao local. Após render a ex-mulher, Carla Joelma Alencar Viana, de 33 anos, o presidiário teria liberado duas pessoas que estavam na residência. A polícia não soube informar quem eram essas pessoas.

Um homem que se identificou como amigo de Carla, contou que o detento teria vivido com a vítima, que é frentista de posto de combustível, por 6 ou 7 anos, e, há um ano, teria sido preso por roubo a banco. Uma jovem que estava no local, afirmando ser prima da refém, disse que o detento chegou a declarar que só sairia morto da residência.

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