A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira, durante a Operação Ilíada, 31 suspeitos de participar de uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos em Minas Gerais. O órgão calcula que cada um dos suspeitos desviou R$ 600 mil por ano de vários bancos.
Segundo a PF, os principais envolvidos no esquema são hackers que violavam os sistemas de segurança dos bancos e efetuavam saques, transferências e pagamentos fraudulentos em contas bancárias pela internet. Entre os presos, haveria jovens de classe média, com faixa etária de 22 a 25 anos. Na casa deles foram apreendidos computadores e monitores sofisticados. Um dos principais cabeças do esquema seria um jovem de 23 anos, mora em Betim e foi preso em Juiz de Fora.
De acordo com a Polícia Federal, os hackers roubavam a senha e os dados cadastrais de correntistas de vários bancos que faziam movimentações bancárias pela internet, entre eles a Caixa Econômica Federal.
Eles enviavam e-mails para as vítimas em nome de empresas. Quando as mensagens eram abertas, permitiam a instalação de códigos maliciosos nos computadores. Quando o internauta acessava seu banco pela internet, senhas e informações sigilosas eram copiadas e repassadas para o chefe da quadrilha. Esse golpe é conhecido como "phishing scam".
Assim, é possível efetuar transferências, saques e pagamentos fraudulentos utilizando contas bancárias pela internet, sem o conhecimento das vítimas.
Segundo a polícia, o dinheiro desviado ia para a conta de laranjas e era dividido entre integrantes da quadrilha. Alguns clientes chegaram a ter desvios de até R$ 8 mil em suas contas.
Além das prisões, a PF cumpriu 34 mandados de busca e apreensão. A operação mobilizou 160 agentes em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Os clientes lesados podem procurar os bancos e pedir ressarcimento.
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