Celas usadas pelos presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal de Pinhais| Foto: Heuler Andrey/Metro Curitiba

Os réus da Operação Lava Jato detidos no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, tiveram autorização para receber de travesseiros ortopédicos a produtos sem glúten em suas celas. Os pedidos, feitos com a apresentação de receitas médicas, foram autorizados pelo Departamento de Execução Penal do Paraná. Hoje, doze presos da Lava Jato dividem cinco celas da unidade.

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Presos da Lava Jato dividem banheiro coletivo e têm uma hora de banho de sol

No Complexo Médico Penal, detentos não têm regalias, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A pasta, inclusive, não exclui a possibilidade de eles virem a compartilhar celas com demais presos

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O operador Fernando Baiano, apontado como o homem do PMDB no esquema, tem sérias restrições alimentares. Seus médicos recomendaram uma dieta à base de frutas e sem glúten, além de uma série de complexos vitamínicos.

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Outro operador, Mário Góes, tem o “cólon irritável”, segundo seus médicos. Para isso, foi receitado a ele damascos secos e uma porção diária de iogurte ou leite “Molico”. Para minimizar as dores lombares, a direção do presídio autorizou ainda um travesseiro especial e uma bolsa de água quente. Adir Assad, também apontado como operador, também teve um travesseiro autorizado.

Os presos respondem a processos por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações da Petrobras. Esses crimes, segundo o Ministério Público Federal, foram cometidos para abastecer o caixa de partidos políticos da base aliada do governo.

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Até o final de março, os presos estavam na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A pedido da Polícia Federal, que alegou falta de espaço por conta das novas prisões, eles foram transferidos para Pinhais. Lá, estão na ala destinada a receber presos que possuem nível superior e policiais. Atualmente, 90 pessoas estão detidas na ala de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná.

Diferente da PF, onde eles tinham acesso a produtos trazidos por seus advogados e tinham banheiros privativos, em Pinhais a situação é outra. No local, é possível colocar uma televisão, mas eles não podem ter ventiladores. O acesso a livros e revistas só é possível pelo acervo da biblioteca do presídio. Em cada cela, cabem três presos.

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