Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras - que foi novamente preso na segunda-feira por causa de investigação da Operação Lava Jato - passou por exame de corpo de delito na manhã desta terça-feira (17), por volta das 10h. O procedimento é padrão após prisão.
Além de Duque, outros quatro denunciados pelo MPF passaram pelo exame: o empresário Adir Assad, Sonia Branco, Dário Teixeira Alves Junior e Lucélio Góes; também presos na segunda.
Por volta das 12h30, a assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que os detidos devem voltar à carceragem da PF no início da tarde e ainda não há previsão para depoimentos, por ora.
Principado de Mônaco bloqueia 10 milhões de euros de ex-diretor da Petrobras
Ministério Público Federal suspeita que Jorge Zellada - substituto de Nestor Cerveró - possa estar envolvido no esquema de corrupção
Leia a matéria completaO ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque foi preso nesta segunda-feira (16) na décima fase da Operação Lava Jato. O ex-diretor e outras 26 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro – entre elas o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Os procuradores afirmam ainda ter a convicção de que pelo menos R$ 4,6 milhões foram lavados através de doações oficiais de campanha feitas por empreiteiras investigadas para candidatos do PT entre 2008 e 2010.
De acordo com o procurador do MPF Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, foram realizadas 24 doações oficiais de campanha em 18 meses para dissimular a origem ilícita do dinheiro desviado da Petrobras. Os pagamentos foram feitos entre outubro de 2008 e abril de 2010 a pedido do ex-diretor Renato Duque, ligado ao PT. De acordo com a denúncia do MPF, o tesoureiro do partido, João Vaccari, indicava as contas dos diretórios onde os depósitos deveriam ser realizados. Segundo os delatores do esquema, a doação oficial de campanha era uma forma de”esquentar” a propina por obras da Petrobras.