José Dirceu: com ajuda de colaboradores, ex-ministro já publicou 1.136 textos no Twitter desde que foi preso| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Presos desde novembro, dois petistas condenados no processo do mensalão contam com uma equipe de colaboradores para se manter ativos nas redes sociais durante o período de detenção. O ex-mi­nistro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares são os exemplos mais notórios. Nos últimos meses, foram várias postagens em seus blogs, além de contas bastante movimentadas no Twitter.

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O perfil do "Blog do Zé" no Twitter é um dos mais ativos. Foram 1.136 tweets publicados depois de 15 de novembro, quando Dirceu foi preso. Os colaboradores de Delúbio foram ainda mais ativos no Twitter: 1.728 postagens desde a prisão. Quem administra as contas dos dois são colaboradores dos antigos dirigentes do PT.

As postagens no Twitter e do blog de Dirceu são variadas. Há vários textos condenando a atuação do STF, em especial os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes. Há postagens ressaltando o caráter político do julgamento, atacando a imprensa e pedindo ajuda para pagar a multa imposta pela corte – que já foi quitada.

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Há também postagens, algumas mais antigas, mostrando o dia a dia do condenado na prisão. Em 22 de novembro, por exemplo, um texto do blog diz: "Zé Dirceu, além de cuidar de Genoino, que ontem foi transferido para o Incor/DF, se dedica à leitura. No momento, toda sua concentração está voltada para um dos livros de Lira Neto – uma trilogia sobre a vida de Getúlio Vargas".

Na última quinta-feira, foi publicada uma nota, assinada pelo advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, comentando a decisão do STF de inocentá-lo do crime de quadrilha, acusando a acusação de ser uma "peça de ficção apresentada pelo Ministério Público".

Além de comentários políticos e do julgamento do mensalão, as redes sociais de Dirceu ainda tratam de relações internacionais, segurança pública e programas do governo federal.

Delúbio e Genoino

Assim como no caso do ex-mi­nistro, os colaboradores de Delúbio também usaram a internet para pedir apoio à campanha de arrecadação de recursos destinada a pagar a multa imposta pelo STF no julgamento do mensalão. Há ainda críticas às acusações de que Delúbio teria privilégios na cadeia.

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Já o site de Genoino não é atualizado desde 15 de novembro, dia em que ele foi preso. Mas o perfil no Twitter, "gerenciado por amigos", é bastante ativo – geralmente com comentários sobre o mensalão.