Os presos rebelados na Casa de Passagem de Vila Velha, na região metropolitana de Vitória, ameaçaram jogar um detento do prédio da unidade nesta manhã e agrediram um agente penitenciário, que está sendo feito refém no motim. Por volta das 8h, as negociações no presídio entre os rebelados e o Batalhão de Missões Especiais (BME) recomeçaram e o clima na unidade é de muita tensão.
Os rebelados deixaram um preso pendurado em uma corda durante 10 minutos. Em seguida, o preso foi retirado e retornou ao pátio de banho de sol. Dois reféns, um homem e uma mulher também foram ameaçados. Um agente penitenciário foi agredido com pauladas na cabeça.
A rebelião na Casa de Passagem já dura mais de 40 horas e seis reféns ainda estão em poder dos detentos. No início da noite desta quinta-feira, após várias horas de negociação, os 740 presos rebelados liberaram um refém. É uma senhora evangélica de 68 anos, identificada como Maria Alves do Carmo, que faz trabalho social no presídio.
O motim teve início por volta das 14h de quarta-feira. O preso José Humberto de Alencar, de 46 anos, morreu asfixiado pela fumaça causada após incêndio de colchões e demais objetos nas celas.
Desde o início da rebelião, foram vários os momentos de tensão no interior da cadeia. Na tarde de quarta-feira, 15 tiros foram disparados. No final da tarde desta quinta, mais um disparo foi efetuado quando um preso tentou fugir pulando de um dos andares da Casa de Passagem.
Os presos amotinados querem, além de 15 exigências feitas desde o início do tumulto, a transferência imediata do traficante Toninho Pavão e de outros quatro detentos que estão na carceragem da Polícia Federal para o sistema penitenciário do estado. O grupo foi transferido após a ordem dada por Pavão, de dentro da cadeira, para assassinar um casal que estava do lado de fora. O crime aconteceu no mês passado.
Além da transferência, os presos querem que seja cumprido o direito de progressão de regime, já que eles reclamam da morosidade das Varas de Execuções Penais do Espírito Santo; pedem melhorias na alimentação, a que chamaram de "restos", e agilidade nas revistas dos familiares durante as visitas de final de semana. Exigem ainda a transferência imediata de detentos para suas respectivas comarcas e ainda reclamam da forma com são tratados pelos policiais.
Familiares e jornalistas acompanharam tudo na frente do presídio, além de muitos policiais e homens do Batalhão de Missões Especiais. Vários presos ficaram na parte superior do prédio da Casa de Passagem.
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