O Comitê pela Aprovação do Salário Mínimo Regional do Paraná promete fazer uma jornada de mobilização até o dia 3 de maio data marcada para votação do projeto do governador Roberto Requião (PMDB) na Assembléia Legislativa. O comitê, criado para cobrar urgência na aprovação da proposta do mínimo estadual, reúne diversas entidades trabalhistas. Até a votação, representantes de movimentos organizados continuam apresentando a posição oficial sobre o projeto nas sessões da Assembléia.
Opiniões Nesta semana serão ouvidos os representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Já se manifestaram a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Força Sindical e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fataep). "Apesar de algumas posições contrárias, acredito que o Legislativo deve aprovar a proposta", prevê o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB).
Tem mais Não é só nepotismo e o novo salário mínimo regional que devem provocar muita discussão na Assembléia Legislativa. Os deputados estão prevendo polêmica em torno do projeto do governo que autoriza a Copel a comprar a totalidade das ações que a norte-americana El Paso possui na UEG Araucária, empresa proprietária da usina termelétrica a gás localizada na Região Metropolitana de Curitiba. O negócio envolve R$ 180 milhões e já começa a ser questionado pela oposição.
Férias Outra matéria que vai dar repercussão é que propõe a redução do recesso parlamentar, de 90 para 55 dias no ano. A iniciativa é da Mesa Executiva da Assembléia e deve entrar em discussão ainda neste semestre. No entendimento dos deputados, se for aprovado o fim do nepotismo e a diminuição das férias parlamentares, sobe o conceito da Assembléia junto à população, o que seria muito bem-vindo em ano eleitoral.
Volta O ex-deputado federal, Luciano Pizzatto (PFL) está elaborando pacote de projetos de lei na área ambiental que vão fazer parte de suas propostas de campanha. Ele disputou o Senado na última eleição e abriu mão da reeleição, mas agora quer retornar à Câmara Federal. Pizzatto aproveitou o período sem mandato para fazer especialização na área, mas manteve grupos políticos em vários municípios. Em Curitiba, fechou dobradinha com o vereador Fábio Camargo (PFL), pré-candidato a deputado estadual.
Mote Outro que está em campanha para retornar à Assembléia Legislativa é o ex-deputado Algaci Tulio (PMDB), que deixou o cargo de coordenador do Procon do Paraná em abril para concorrer. Um dos temas que pretende explorar para ganhar eleitores é justamente na área de defesa do consumidor. "A população ainda precisa aprender muito sobre seus direitos e a maioria não sabe a quem recorrer quando enfrenta problemas na compra de produtos com defeito ou na contratação de serviços", explica.
Mudar O deputado estadual Natálio Stica (PT) rebateu a declaração do presidente estadual do PT, André Vargas, sobre a postura dos quatro petistas que não participaram da votação da emenda antinepotismo. Em entrevista à Gazeta do Povo, Vargas afirmou que agora, com a outra proposta do governo tramitando, os deputados terão a chance de mudar de opinião. Stica ficou irritado: "Não mudei de posição. Sou contra o nepotismo. Assinei a nova PEC que agora vai ser discutida e votada".
Postura Stica disse que não vai à reboque da oposição num discurso "demagógico e enganador" e que sua história de vida política não permite demagogia. "O fim do nepotismo tem que ser pra valer, não só faz de conta", afirmou, ao defender a proposta do governo que proíbe o nepotismo cruzado entre poderes. Além de Stica, não participaram da votação Ângelo Vanhoni, Hermes Fonseca e Pedro Ivo Ilkiv. Na sexta-feira, o diretório estadual do PT aprovou uma "censura pública" aos deputados.
Pinga-fogo
* A bancada de oposição apresenta hoje as emendas ao projeto do governo que proíbe o nepotismo.
* A principal mudança é fazer a nova lei vigorar imediamente e não só em 2007, como propõe o governo.
* Outra sugestão é retirar a proibição do nepotismo cruzado, considerada inconstitucional.
* O deputado Reni Pereira (PSB), disse ter uma outra emenda ainda mais radical, mas não quer adiantar o teor. "É uma questão de estratégia", explicou.
* O aumento de 6% concedido ao funcionalismo público de Curitiba já está em vigor e será pago pela prefeitura no próximo contracheque do dia 28 de abril.
* O projeto de lei que isenta a taxa de estacionamento em shoppings centers e hipermercados deve ter a votação final nesta semana, depois de meses parado na Casa.
* "Agora vai. É uma questão de justiça com o consumidor", disse o autor da proposta, Augustinho Zucchi (PDT).
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