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A eminente saída de Dilma Rousseff (PT) do governo, com o processo de impeachment, abre uma discussão sobre um possível “acordão” para silenciar a Lava Jato com a entrada de um novo governante. O vice-presidente Michel Temer (PMDB), por exemplo, não é diretamente investigado da operação, mas seu partido é um dos mais comprometidos no esquema de corrupção na Petrobras.

Risco de um “acordão” ameaça futuro da Lava Jato

Força-tarefa convive com o temor constante de uma interferência do governo na operação que devassa o mais alto escalão do poder no país.

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A professora de Direito da PUCPR Claudia Maria Barbosa aponta que é possível utilizar peças-chaves no processo, comprometendo, por exemplo, a licitude da operação. “Não há mecanismos jurídicos para barrar a operação, mas podem ser colocadas pessoas em cargos-chave para comprometer a licitude do processo”, aponta. Ela acredita, porém, que o apoio popular à Lava Jato pode impedir essa situação.

O cientista político Paulo Baía também acredita que a base popular torna quase nula a possibilidade de um acordo político para frear a Lava Jato. “Esse sentimento do Ministério Público e do Poder Judiciário associado ao sentimento da maioria da população torna inviável qualquer acordo político que não seja o aprofundamento da Operação Lava Jato”, avalia.

Já o coordenador do MBA em relações institucionais do Ibmec, Marcio Coimbra, vê que as tentativas atuais do governo federal de desqualificar pessoal e profissionalmente os envolvidos nas investigações – principalmente o juiz Sergio Moro – devem ser cessadas em um novo governo. “Esse movimento foi orquestrado pelo PT e, com a saída do partido, ele tende a se extinguir”, acredita.

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