![Pressionada, prefeitura tira do ar informe de casamento homoafetivo À noite, banner do casamento
coletivo voltou a ser exibido | Reprodução Facebook](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/10/fb3cee1665f5d1d609d542301ef36ca5-gpLarge.jpg)
Após pressão de vereadores, a prefeitura de Curitiba retirou ontem de sua página do Facebook uma postagem que divulgava o casamento coletivo entre casais heterossexuais e homoafetivos marcado para ocorrer em 7 de dezembro. A retirada da postagem, porém, foi criticada no Facebook da prefeitura, que voltou atrás e, à noite, passou a divulgar novamente o casamento coletivo.
O assunto foi levado à tribuna da Câmara Municipal pela vereadora Carla Pimental (PSC). Segundo ela, houve "apologia" da prefeitura ao casamento homoafetivo, "que não é regulamentado na nação". Carla argumentou que o texto seria "tendencioso", o que infringiria a laicidade do Estado. A posição da vereadora foi endossada pelos seus colegas de PSC Ailton Araújo e Tiago Gevert, bem como por Chico do Uberaba (PMN) e Valdemir Soares (PRB), segundo informações da assessoria de imprensa da Câmara. Noemia Rocha (PMDB) chegou a utilizar a tribuna para dizer que a publicação da prefeitura "é ofensiva".
Com opinião contrária, a vereadora Professora Josete (PT) também recorreu à separação entre Estado e religião para argumentar que não vê sentido no debate. "Há uma decisão do Superior Tribunal de Justiça com reconhecimento à união estável entre pessoas do mesmo sexo", disse. Ela lembrou que o casamento coletivo é voltado a pessoas de baixa renda, e que impedir casais homoafetivos de participarem seria um "duplo preconceito".
Prefeitura
Em nota divulgada no Facebook, a prefeitura informou ter apagado a postagem "porque um grupo de pessoas se declarou ofendido pela imagem que utilizamos", sem fazer referência ao debate na Câmara. A ideiaseria manter o "caráter agregador" da rede social, garantindo "espaço a todos os públicos". Reiterando que o evento promove uma união civil e não um casamento religioso, a administração insistiu na disposição de "promover a igualdade", conforme previsto na Constituição Federal.
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