O PT recuou nesta quarta-feira da idéia de cobrar mais espaço no governo e pedir a substituição do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, conforme defenderam petistas na véspera. Antes do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, os integrantes da Comissão Política do partido foram enquadrados, afinaram o discurso e evitaram constrangimentos. Sem citar nomes, os petistas disseram a Lula que a legenda defende uma "renovação do pensamento econômico".
O tom mais ameno do encontro só foi possível após uma intervenção do Planalto, que acionou o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia. No início da tarde, os integrantes da Comissão Política foram chamados para uma reunião prévia na sede do PT em Brasília. Ficou decidido que no encontro com Lula não fariam críticas nem falariam em nomes ou ministérios.
Após a conversa com o presidente, foram escalados para falar apenas Garcia e o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana.
- Não discutimos questões de varejo. Discutimos o atacado. Deixamos claro que não queremos apenas a continuidade do governo atual. Há uma profunda sintonia entre o PT e o presidente. Devemos trilhar um caminho de desenvolvimento mais forte - resumiu Garcia.
Ele ressaltou que o PT "tem quadros para ocupar posições no governo'', mas que a discussão ainda não está ''fulanizada''.
Ainda segundo Garcia, o presidente Lula pretende promover mudanças "graduais'' na equipe ministerial.
- Ele não tem pressa, nós tampouco temos pressa.
Segundo Garcia, os dirigentes do PT reafirmaram o apoio a uma política econômica mais desenvolvimentista no segundo mandato, mas não cobraram do presidente trocas no comando da equipe.
O presidente interino voltou a manifestar, em nome do partido, sua "indignação" com o indiciamento pela Polícia Federal do senador Aloizio Mercadante e seu suplente, José Giacomo Baccarin, no inquérito que investiga a compra de um suposto dossiê contendo acusações contra o governador eleito José Serra e outros políticos do PSDB.
Também após a reunião, o líder do partido na Câmara, Henrique Fontana (RS), disse que Lula voltou a insistir na necessidade de o governo ter candidato único na disputa pela presidência da Câmara e os petistas prometeram trabalhar por um nome de consenso. Fontana disse que a bancada vai partir para a ofensiva em busca de apoios na base aliada em torno do nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP), atual líder do governo na Câmara, e aposta num acordo com o PMDB.
- Apresentamos um nome que tem demonstrado força política e nós não pedimos nada ao presidente. Ele disse que tem enorme respeito pela Câmara e que é preciso uma composição que nos coloque com um único candidato - disse Fontana.
Fontana previu que a composição da candidatura pode estar definida em "10 ou 15 dias''. Ele afirmou que o PT, apesar de defender a candidatura de Chinaglia, tem "muito respeito'' pelo atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), postulante à reeleição.Lula recebe bancada de Senadores do Mato Grosso
A bancada do Mato Groso no Senado foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta quarta-feira, após a reunião com o conselho político. No encontro, que durou cerca de uma hora e meia, o presidente estabeleceu como prioridade para 2007 em Mato Grosso o investimento em estradas. Ficou definida a duplicação da BR 364 (Rondonópolis), da BR 163, que faz divisa com o Pará, e investimento na BR 264. Estiveram presentes também o governador Blairo Maggi e os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil).
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