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Osvaldo Luiz de Souza, de 49 anos, que era dono de uma pequena transportadora que funcionava no interior do galpão da TAM Express, foi a primeira vítima do vôo 3054 a ser enterrada. Ele morreu atingido por escombros de uma parede derrubada por uma turbina, em frente aos três irmãos que também trabalhavam na empresa.

- Eu estava sentado em uma mesa quando uma parede caiu em cima de mim e do meu irmão. Eu nem sabia o que estava acontecendo até que vi a turbina do avião pegando fogo a um metro e meio do meu irmão Osvaldo. Tentamos tirar as coisas que estavam em cima dele. Eu não vou esquecer quem o irmão era - disse Paulo César de Souza, de 39 anos.

O outro irmão, Ronaldo de Souza também viu o desabamento da parede.

- Pensei que eu tinha morrido também. Vi a parede cair sobre os meus irmãos - diz.

Luiz Fernando de Souza, o quarto irmão, se aproximava da TAM Express quando ocorreu o acidente. Ele tentou socorrer Osvaldo.

- Quando eu cheguei, várias pessoas estavam saindo desesperadas e chorando. Tinha muito fogo. Corri até o pessoal da TAM e perguntei dos meus irmãos. Eles falaram que estavam todos mortos e eu fiquei desesperado - afirmou.

Porém, Luiz Fernando encontrou os irmãos e avisou os bombeiros da localização de Osvaldo, que estava preso nos escombros.

Ao ser avisado por um bombeiro de que Osvaldo estava morto, pediu ajuda e retirou os escombros que estavam sobre o corpo para levá-lo para fora do galpão.

- O perigo nessa hora não importa. Ele é meu irmão e deu emprego para todos. Mas, nós tivemos que sair de lá porque começou uma série de explosões. Um rapaz se jogou do alto do prédio e caiu do meu lado, mas ele não morreu. Os bombeiros me tiraram de lá.

Osvaldo foi enterrado às 17h30 desta quarta-feira no cemitério da Quarta Parada, na zona leste de São Paulo, sob forte comoção da família.

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