O ex-presidente da Petrobras América e primo de José Sérgio Gabrielli, José Orlando Melo de Azevedo, afirmou nesta quarta-feira (30), em depoimento à CPI Mista da Petrobras, que não teve participação na disputa judicial envolvendo a refinaria de Pasadena (EUA), cuja aquisição deu prejuízo à Petrobras.
Azevedo afirmou que todas as decisões relativas à disputa com a Astra Oil, sócia da Petrobras na refinaria de Pasadena, foram tomadas pela diretoria executiva da estatal. "Eu simplesmente atuava de forma a fazer cumprir as deliberações da diretoria executiva da Petrobras", disse Azevedo, que ficou à frente da Petrobras América entre outubro de 2008 e janeiro de 2013. "Eu cheguei em 2008, quando a refinaria já tinha sido comprada e o processo na arbitragem já estava em andamento", afirmou.
Seu depoimento irritou integrantes da oposição. O deputado Izalci Ferreira (PSDB-DF) chegou a chamá-lo de "office-boy". "É mais ou menos como um office-boy? Não tinha interferência nenhuma?", questionou. Azevedo afirmou que foi conduzido à diretoria nos Estados Unidos pela sua atuação dentro da Petrobras, na qual ingressou em 1978, e não pelo parentesco com Gabrielli, que na época presidia a estatal. Em junho de 2014, Azevedo se aposentou pela Petrobras.
A Petrobras adquiriu, em 2006, uma fatia de 50% da refinaria de Pasadena por US$ 360 milhões. Em 2012, após travar uma disputa na Justiça com a Astra Oil, a estatal brasileira foi obrigada a adquirir os 50% remanescentes da refinaria, o que a fez gastar mais US$ 885,5 milhões.
Na semana passada, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que 11 responsáveis pelos problemas no negócio terão que devolver US$ 792 milhões pelos prejuízos na compra de Pasadena.
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