Os quatro principais doadores individuais da campanha de Roberto Requião são ou foram empresas fornecedoras do governo do estado. A Indústria de Móveis Cequipel doou sozinha R$ 645 mil. A American Banknote, fabricante de documentos de valor, como cartões de crédito, telefônicos e bancários, R$ 500 mil. A Helisul, que trabalha com táxi aéreo, R$ 440.600,00. Já a Brink Mobil, que produz equipamentos educacionais, participou com R$ 340 mil.
Em 2003, primeiro ano da atual gestão Requião, a American Banknote foi contratada pelo Detran-PR para produzir as carteiras de habilitação com captação de fotos digital. Neste mesmo ano, passou a fabricar cédulas de identidade civil para o Departamento de Armas e Munições. Os dados discriminados das receitas e despesas do peemedebista foram divulgadas ontem à noite no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.gov.br). As informações de Osmar Dias (PDT) estão disponíveis desde a última terça-feira.
Além das quatro citadas, outras parceiras do governo estavam na lista de doadores. Entre elas, a Faer Construtora de Obras Ltda, que atua na construção civil, que doou R$ 100 mil. A Companhia de Cimentos Itambé, doadora de R$ 218 mil, vendeu 18,9 toneladas de cimento para a construção das vias de acesso ao Porto de Paranaguá, em abril de 2004.
O diretor da Itambé, Virgílio Moreira Filho, doou sozinho como pessoa física R$ 170.650,00. Ele é o atual presidente da Associação Comercial do Paraná e ex-secretário de Estado da Indústria e Comércio de Requião. Caso similar ocorreu com o presidente do Grupo Positivo, Oriovisto Guimarães, que doou como pessoa física R$ 40 mil. Já a Positivo Informática, outra fornecedora do governo, deu R$ 80.389,73.
Entre os doadores de Requião, estão empresas que contribuíram com a campanha de Osmar. A Klabin, que produz papel e celulose, doou R$ 260 mil para o peemedebista e R$ 180 mil para o adversário. Já a Nortox, fabricante de produtos para produtos transgênicos, doou iguais R$ 250 mil para os dois candidatos. (AG)
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