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O superintendente da Polícia Federal no Amapá, Anderson Rui de Oliveira, disse nesta terça-feira (16), em Brasília, que a prisão do diretor-executivo da instituição, delegado Romero Menezes, foi necessária para que não houvesse prejuízos investigação que corre em segredo de Justiça. A prisão temporária ocorreu porque, no cargo, ele poderia atrapalhar as investigações.

Os crimes atribuídos a ele são de advocacia administrativa e formação de quadrilha. Existe investigação em segredo de Justiça no Amapá e no âmbito dela surgiram elementos que permitiram as medidas adotadas hoje, acrescentou Oliveira.

O crime de advocacia administrativa é caracterizado quando um servidor público usa de sua condição para obter vantagens em proveito próprio ou de terceiros. É um crime considerado leve, com pena prevista de 1 a 3 meses de detenção.

As investigações no Amapá, feitas em conjunto com a Procuradoria da República no estado, revelaram indícios de tráfico de influência entre o delegado Romero Menezes e funcionários do grupo EBX, ligado ao empresário Eike Batista. O empresário já é investigado na Operação Toque de Midas, realizada em julho deste ano, para combater fraudes em processo licitatório de concessão de uma estrada de ferro no Amapá.

Entre as justificativas da prisão está o fato de que Menezes teria facilitado, após contatos de pessoas do grupo EBX, fraude em inscrição para curso de segurança portuária e o credenciamento para instrutor de tiro, sem análise de requisitos legais.

O diretor de combate ao crime organizado da PF, Roberto Troncon Filho, negou que o motivo da prisão fosse o vazamento de informações em favor do grupo EBX.

É uma linha de investigação que será aprofundada, mas posso garantir que essa prisão não teve como fundamento vazamento de informação, defendeu Troncon.

O delegado Romero Menezes foi preso por volta das 10h da manhã desta terça pelo próprio diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.

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