A prisão do ex-ministro Antonio Palocci na 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada como “Omertà”, acontece um dia depois de o ministro da Justiça Alexandre de Moraes sugerir que haveria novidades na investigação da Polícia Federal.
Em um encontro com representantes do Movimento Brasil Limpo (MBL), em Ribeirão Preto (SP), cidade comandada por Palocci em dois mandatos diferentes, Moraes sugeriu que esta semana haveria uma nova fase da Operação Lava Jato.
Ex-ministro Antonio Palocci é preso na Lava Jato
Leia a matéria completa“Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, disse o ministro.
No fim da noite deste domingo (25), Moraes divulgou nota ressaltando que afirmação sobre a nova fase da Lava Jato foi uma força de expressão. Segundo a nota, “a frase não foi dita porque o ministro tem algum tipo de informação privilegiada ou saiba de alguma operação com antecedência, e sim no sentido de que todas as semanas estão ocorrendo operações”.
O Planalto não se manifestou sobre as declarações do ministro.
Posicionamento da Polícia Federal
Em nota, a Polícia Federal garantiu que adotou o “mesmo padrão de compartimentação e cuidado com a informação que caracterizaram as quase 500 operações deflagradas este ano.”
Na sequência, a PF informou que somente pessoas diretamente ligadas à investigação tinham conhecimento da operação. “[O] Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais”, diz a nota. “No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação”, completa.