O governador Roberto Requião (PMDB) vem brigando desde 2003, quando assumiu o governo, contra a cobrança da multa de cerca de R$ 5 milhões mensais imposta pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ao Paraná devido ao não-pagamento dos títulos "podres" adquiridos pelo estado durante o processo de privatização do Banestado. Além de discussões judiciais, em tribunais superiores em Brasília, forças políticas tanto de apoio quanto de oposição a Requião estiveram envolvidas na tentativa de resolver a pendenga.
Requião chegou a estar por duas vezes pessoalmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar especificamente do assunto. No mês de junho deste ano, ele chegou a marcar uma reunião na capital federal para explicar o caso e pedir a ajuda de todas as lideranças políticas paranaenses para resolver a situação. Comparecem ao encontro 26 deputados federais, 11 deputados estaduais e três senadores.
No fim, por mais empenho que os políticos do estado tenham tido no caso, a solução acabou não ficando exclusivamente nas mãos deles. O caminho mais fácil para resolver o problema partiu de um acordo com o credor do estado, o banco Itaú, que pode ser concretizado dependendo do aval da Advocacia-Geral da União (AGU). Depois de várias tentativas, tanto nas instâncias judiciais quanto nas políticas, a procuradora-geral do Estado, Jozélia Broliani, convenceu Requião a aceitar ir pela alternativa do acordo. Fontes do Itaú afirmaram que o banco nunca se negou a negociar e que sempre esteve com essa disposição.
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