O inquérito da Siemens que investiga a existência de um cartel que atuava no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) mudou de mãos no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi enviado ao ministro Marco Aurélio Mello, que agora será o relator do caso. Quando chegou ao tribunal, no último dia 12, ele foi distribuído por sorteio para a ministra Rosa Weber.
A troca aconteceu porque Marco Aurélio havia recebido, em agosto, uma reclamação na qual um investigado pedia acesso aos autos do processo, que ainda se encontrava na Justiça em São Paulo. Segundo regimento interno do STF, quando um ministro atua em determinado caso, todos os novos processos conexos enviados à corte devem ser distribuídos a ele.
O inquérito relativo à Siemens foi enviado ao Supremo neste mês devido a um depoimento sigiloso prestado à Justiça de São Paulo pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.
No depoimento, Rheinheimer citou como destinatários de propina Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil de Alckmin, Rodrigo Garcia (DEM), secretário de Desenvolvimento Econômico de Alckmin, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB). Todos negam as acusações.
Outro secretário de Alckmin, José Aníbal (Energia), é citado pelo ex-executivo da Siemens como alguém que tinha "estreito relacionamento" com Arthur Teixeira, lobista que foi indiciado duas vezes pela Polícia Federal sob suspeita de repassar recursos da Siemens e Alstom para políticos.
Como Aparecido, Garcia, Jardim e Aníbal são deputados federais licenciados e têm foro privilegiado, o caso foi remetido para análise do STF.
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