Brasília (Folhapress) – O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), suspendeu ontem o processo por quebra de decoro contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). A decisão foi tomada por conta da suspeita de que a representação contra o pefelista possa ter sido fraudada.

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Apresentada pelo Partido dos Trabalhadores no mês passado, a representação é assinada por Tarso Genro, que à época era presidente interino do partido. No entanto, reportagem da revista Veja desta semana reproduz laudo técnico do Instituto Del Picchia, de São Paulo, indicando que a assinatura não é de Genro.

O PT nega a fraude e mantém o pedido de cassação contra Onyx. Ontem, antes mesmo de ser notificado pelo Conselho, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), apresentou ofício em que afirma ser verdadeira a assinatura de Tarso Genro na representação.

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"O signatário da representação, Tarso Genro, em nome deste partido, com plenos poderes para o ato, confirmou publicamente sua a assinatura naquele documento", diz o texto do ofício de Berzoini.

Izar preferiu não decidir sozinho se aceita ou não o ofício do PT para dar continuidade ao processo contra Onyx. Por isso, ele anunciou que pretende colocar o ofício em votação hoje na sessão no Conselho. "Ele (Berzoini) se antecipou. Se o conselho aceitar o ofício, o processo continua", disse Izar.

No começo da tarde, Izar havia dito que iria notificar o atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, para prestar esclarecimentos sobre o caso. "O acusador pode virar o acusado. Se for confirmada a falsificação, eu vou arquivar o processo (contra Onyx) e solicitar a investigação do fraudador", disse.

Além de suspender o processo no Conselho, Izar afirmou que irá sugerir à Mesa Diretora da Câmara a elaboração de um novo laudo para identificar se, de fato, a assinatura de Genro na primeira representação do PT é verdadeira.

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