Depois de ouvir o depoimento do líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) anunciou a conclusão imediata do relatório contra o deputado Pedro Corrêa (PE), presidente do PP, que deve ser pela cassação. Na semana passada, Negromonte não compareceu ao depoimento no Conselho de Ética para evitar a conclusão do processo, o que faria com que Corrêa fosse o primeiro parlamentar a ir a plenário este ano.
Negromente alegou que tinha fato relevante para apresentar, mas fora acometido por uma virose. Nesta segunda, porém, o relator disse que ele não apresentou nenhum fato que mudasse sua convicção.
O empresário Marcos Valério disse que repassou R$ 4,1 milhões para o PP de Corrêa, mas Negromonte disse que o partido só recebeu R$ 700 mil, dinheiro que teria sido usado para pagar os honorários de Paulo Goyaz, advogado do deputado Ronivon Santiago (AC). Segundo ele, o então líder do PP José Janene (PR) foi autorizado pela executiva do partido a conseguir dinheiro com o PT para pagar os honorários, mas afirmou que não houve uma reunião formal e que, por isso, não foi feita ata da reunião da executiva.
Indagado pelo deputado Nelson Trad (PMDB-MS) por que quatro deputados do PP estão envolvidos no escândalo - Pedro Corrêa, Pedro Henry (MT), José Janene e Vadão Gomes (SP) -, Negromonte disse que o partido está pagando pelo apoio dado ao PT.
- O PP está pagando o preço pelo apoio dado, mas não tem batom na cueca. Ninguém provou nada até agora contra eles - afirmou.
O Conselho de Ética deve realizar nesta terça-feira a leitura e a votação do processo contra o deputado Wanderval Santos (PL-SP). O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), relator do processo contra Wanderval, acredita que não haverá pedido de vista no processo. O próximo processo na fila é o deputado Roberto Brant (PFL-MG). Ainda nesta segunda, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), pretende notificar o Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Corrêa para tentar votar ainda esta semana os relatórios contra os três.
Deixe sua opinião