O pedido de cassação do mandato do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), encomendado pela Corregedoria da Câmara, deve permanecer engavetado na Mesa Diretora da Casa até o término das atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira.
A CPI deve ser concluída no próximo dia 25 de outubro. O regimento do Congresso, no entanto, prevê a prorrogação das atividades da comissão por mais 180 dias.
No último dia 11 de julho, a Corregedoria da Casa apresentou o processo pedindo à perda de mandato do tucano. Esse processo ainda precisar passar pela votação dos integrantes da Mesa para só em seguida seguir para o Conselho de Ética da Casa.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou hoje considerar que uma decisão da Mesa antes do término da CPI será precipitada. "Nós podemos estar sendo precipitados tomando uma decisão que seja desmentida depois pela investigação da CPI ou tomando uma decisão que depois vai ser eivada de outros fatos", afirmou o petista.
Acusações
Após investigação feita pela Corregedoria da Casa, Leréia foi o único, de um grupo de três deputados, que teve a cassação recomendada. As representações contra Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO) foram arquivadas.
Pesou contra o tucano a relação pessoal e os negócios dele com Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Leréia foi gravado cobrando de um auxiliar de Cachoeira depósito de R$ 100 mil. Há indícios ainda de que Leréia atuou a favor dos interesses do empresário na Câmara.
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