O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa que está à frente da Operação Lava Jato, lançou campanha para coletar 1,5 milhão de assinaturas em apoio ao pacote de dez projetos de lei de combate à corrupção. Os projetos foram anunciados pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot em março, mas teve pequena repercussão no Congresso Nacional, especialmente entre os políticos investigados por corrupção na Petrobras. Para o procurador, só haverá avanço se a sociedade se mobilizar em torno das propostas.
“Precisamos mudar a legislação para garantir que esses criminosos permaneçam por mais tempo na cadeia e devolvam o dinheiro que desviaram da saúde, da segurança e educação. Precisamos de um milhão e meio de assinaturas para que essas ideias se tornem projeto de lei, assim como na ficha limpa”, afirma o procurador.
No vídeo Dallagnol, sugere que a população acesse o link 10medidas.mpf.mp.br, do Ministério Público Federal, assine lista de apoio aos projetos e ajude na divulgação das propostas. Segundo ele, o juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, e os delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato já endossaram a iniciativa. Mas mudanças concretas e significativas dependeriam o engajamento da sociedade.
“Se você, assim como eu, entende que está na hora de termos uma nova História participe da campanha 10 Medidas contra a Corrupção. O juiz Sergio Moro, os delegados já assinaram. Assine você também e colha assinaturas. Acesse no link abaixo 10medidas.mpf.mp.br. A Lava Jato trouxe esperança, mas agora precisamos da sua ajuda. Vamos juntos construir um país mais justo”, recomenda Dallagnol.
No vídeo, o procurador relembra casos marcantes de corrupção no país e cita como exemplos os casos Anões do Orçamento, Propinoduto, Sanguessuga, Mensalão, Lava Jato. Segundo ele, a corrupção sangra o país e enche a sociedade de indignação. No pacote anticorrupção mencionado pelo procurador estão propostas que transformam caixa dois em crime e que classificação corrupção como crime hediondo. Uma dos projetos prevê até mesmo a dissolução de partido em caso de envolvimento sistêmico em casos de desvios de dinheiro público.