O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pediu nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquéritos para investigar 15 parlamentares supostamente envolvidos no esquema fraudulento de venda de ambulâncias para prefeituras por meio de emendas do Orçamento da União. O procurador encontrou indícios da participação deles nas fraudes investigados pela Polícia Federal na "Operação Sanguessuga". Como o processo corre em segedo de Justiça, os nomes dos parlametares acusados não foram divulgados.
Ainda nesta quarta-feira o procurador da República em Cuiabá, Mário Lucio Avelar, pode denunciar pelo menos 50 suspeitos de participação no mesmo esquema. O procurador informou que "está correndo contra o tempo" para ver se apresenta a denúncia contra os acusados ainda nesta quarta à Justiça Federal. Caso não aconteça, a denúncia será apresentada na quinta-feira.
Dos 44 suspeitos presos em Cuiabá e que foram libertados na semana passada por decisão do Tribunal Regional Federal, mas que tiveram a prisão novamente decretada um dia depois pelo Supremo Tribunal Federal, apenas 35 foram recapturados. Todos estão presos em Cuiabá. Os acusados aguardam a denúncia do procurador, para depois ter início o processo na Justiça Federal. Serão denunciados, sobretudo, assessores de deputados que tiveram seus nomes envolvidos com emendas para a compra superfaturada de ambulâncias em todo o país.
Oito deles, incluindo os ex-deputados "bispo" Rodrigues e Ronivon Santiago, estavam presos em Brasília até a noite desta terça-feira, quando foram transferidos para Cuiabá. Um avião da Força Aérea Brasileira transportou os oito presos, que foram levados para a sede da Polícia Federal.
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