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O procurador do estado do Rio de Janeiro, Claudio Roberto Pieruccetti, foi algemado e preso na madrugada deste domingo (24), em Ipanema, na Zona Sul do Rio, após ter supostamente chamado um Policial Militar de "crioulo de farda". Ele foi autuado por injúria e racismo e pagou fiança de aproximadamente R$ 6 mil.

Apesar do crime ser inafiançável, a tentativa de retratação na delegacia é considerada atenuante e, por isso, permitiria a libertação por meio de fiança.

A reportagem do G1 esteve na delegacia. O procurador estava lá, mas não quis comentar o caso com a imprensa.

O crime

Segundo depoimento do sargento Marcelo, o carro de Elias Camilo Jorge Junior teria batido no veículo de Marcelo Galvão Santiago, que rodou na pista da Avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema. Com o choque, o carro de Elias teria saltado o calçadão e ido parar na areia da praia.

Com sinais de embriaguez, Elias teria telefonado para o amigo e procurador do Ministério Público estadual, Cláudio Roberto, que ao perceber ferimentos na testa e no queixo de Elias, quis levá-lo para um hospital particular em Botafogo, na Zona Sul. Ele também estaria embriagado. O outro motorista nada sofreu.

Os militares argumentaram que o atendimento só poderia ser feito em um hospital público por se tratar de acidente de trânsito, o que irritou o procurador. No bate boca, o policial chegou a alertá-los de que poderiam ser presos. Foi quando o procurador teria dito ao militar: "Quem você pensa que é? Você é apenas um crioulo de farda". Cláudio recebeu voz de prisão e foi levado para a 14ª DP (Leblon).

Na confusão a chave da algema caiu na areia, o que levou o procurador a permanecer algemado durante todo o período do depoimento. Os policiais tiveram que retornar à praia para conseguir encontrar a chave. Cláudio só foi liberado da delegacia às 11h deste domingo.

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