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O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, saiu em defesa dos promotores que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso tríplex. Neste sábado (12), por meio de nota, Elias Rosa defendeu independência do Ministério Público e pregou unidade institucional.

“É histórica a atuação do Ministério Público brasileiro, em particular o do Estado de São Paulo, em defesa do Estado Democrático de Direito, sendo inegável a contribuição de todos os seus Membros ao aperfeiçoamento do sistema de justiça, da aplicação adequada da lei e do mais elevados preceitos éticos”, afirmou o procurador-geral de Justiça.

Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique sustentam que o apartamento 14-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá pertence ao petista. Na denúncia, os promotores pediram a prisão preventiva de Lula sob o argumento de que ele “atacou o sistema de Justiça” e procura se esquivar das investigações.

A denúncia contra Lula foi apresentada na quarta-feira, 9. Os promotores de Justiça também acusam 15 investigados por irregularidades em empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). A ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho mais velho do casal, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto estão entre os denunciados.

Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, “é louvável que a opinião pública e a comunidade jurídica dediquem atenção e procedam à verificação da atuação do Ministério Público, não sendo razoável, entretanto, a realização de crítica à Instituição e a todos os seus Membros, alimentando iniciativas orientadas à revisão da legislação em vigor ou de entendimentos técnicos concebidos sob o pálio da garantia constitucional da independência funcional”.

A denúncia contra Lula e o pedido de sua prisão preventiva provocaram forte reação, inclusive de especialistas que consideraram frágil o trabalho dos promotores. Em todo o País eclodiram manifestações em defesa do petista e a favor da medida pleiteada pelos promotores paulistas.

Na sexta-feira, 11, a juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal da capital paulista, decretou segredo de Justiça do processo.

“É de se aguardar, portanto, a apreciação judicial e que a repercussão gravite unicamente sobre o esclarecimento cabal de todos os fatos e da eventual responsabilização daqueles que a eles deram causa”, afirmou Elias Rosa.

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