Janot vem
a curitiba

Após entregar ao STF os pedidos de abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai viajar para Curitiba na semana que vem. A cidade concentra as investigações da Operação Lava Jato.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que exclua a presidente Dilma Rousseff (PT) da lista de possíveis investigados por suspeita de participação no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Janot entendeu que as menções a Dilma nos depoimentos de envolvidos na Lava Jato são insuficientes para abrir investigação contra a presidente. A avaliação inicial foi de que as citações seriam apenas referências ao nome da petista, sem um envolvimento direto nos fatos.

Não se sabe, porém, Janot pediu para o STF arquivar o caso de Dilma ou se ela nem consta dos nomes citados nos pedidos de abertura de inquérito no Supremo. Os 28 pedidos de inquérito protocolados no STF, onde são listados 54 nomes, e os sete de arquivamento permanecem sob sigilo. A expectativa é de que o ministro relator do caso no Supremo, Teori Zavascki, derrube o sigilo nesta sexta-feira (6) e revele os nomes dos políticos envolvidos no caso.

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A menção ao nome de Dilma na lista negra da Operação Lava Jato foi recebida com surpresa no Palácio do Planalto. Interlocutores da presidente afirmam que “jamais alguém pensou que isso pudesse acontecer”. O Planalto avalia que a citação pode ter ocorrido em função de reportagem da revista Veja, publicada em outubro, que informou que o doleiro Alberto Youssef teria citado a presidente em depoimento da delação premiada. A fonte considerou a menção a Dilma na lista negra como “absurda”.

Aécio

O procurador Rodrigo Janot também requsitou ao STF o arquivamento do pedido de investigação do principal adversário de Dilma na eleição do ano passado: o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O entendimento de Janot foi de que a citação a Aécio se refere a fatos antigos, da década de 90, que não têm relação com o esquema de desvios de recursos da Petrobras.

Em um dos depoimentos da delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que soube que Aécio recebeu dinheiro desviado de Furnas Centrais Elétricas no período em que era deputado federal. OO relato da propina chegou a Youssef por intermédio do ex-deputado José Janene (PP-PR), já morto. Janene é apontado como um dos chefes dos desvios de dinheiro em contratos da diretoria de Abastecimento da Petrobras.

“Não tinha conhecimento [da citação], mas recebo como uma homenagem o arquivamento”, disse Aécio. “Houve uma tentativa de envolver a oposição. E, se o procurador concluiu que não houve nada, ele tem a última palavra”,