O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira (19) que vai pedir, ainda nesta semana, a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro do Esporte, Orlando Silva, sobre as suspeitas de envolvimento em desvio de recursos públicos destinados ao Programa Segundo Tempo, do Ministério. Nos próximos dias, ele vai avaliar quais diligências serão necessárias para esse inquérito, como quebra de sigilo.

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Outra possibilidade levantada pelo procurador é pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que remeta ao STF o inquérito existente naquele tribunal para investigar o ex-ministro e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Segundo Gurgel, aparentemente, há ligação entre os fatos. Queiroz era o ministro do Esporte da época das primeiras denúncias envolvendo o programa.

Ministro diz que agora só se explicará à Presidência

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O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou nesta quarta-feira (18), em audiência das comissões de Educação, Cultura e Esporte e Meio Ambiente e de Fiscalização do Senado que pretende encerrar nesta semana as explicações sobre as denúncias feitas contra ele. Segundo a manifestação de Orlando, após este depoimento, ele só falará com a Comissão de Ética Pública da Presidência da República e dará o caso como encerrado.

"Vou encerrar esta semana todas as explicações necessárias para desmascarar as farsas publicadas no último final de semana. Tenho agenda de trabalho para cumprir e já dediquei tempo para rechaçar as falsidades", disse o ministro.

Ele destacou já ter procurado o Ministério Público e a Polícia Federal pedindo investigação e já ter comparecido à Câmara. Orlando espera poder até sexta-feira apresentar à Comissão de Ética Pública da Presidência suas explicações.

AGU processará acusadores, diz Silva

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou nesta quarta-feira (18), durante audiência em duas comissões do Senado, que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai impetrar uma queixa-crime contra o policial militar João Dias Ferreira e o motorista Célio Soares Pereira, que o acusam de desvio de recursos no programa Segundo Tempo.

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"A justiça é o caminho para a contestação das calúnias que sofri. A própria Advocacia-Geral da União vai impetrar uma queixa-crime", disse Orlando.

Ele destacou que optou por processar apenas os dois denunciantes e não a revista Veja, que veiculou a denúncia. Disse que pediu à revista para ter na próxima edição o mesmo espaço da matéria contrária a ele, mas não obteve resposta. Afirmou que a decisão de não processar a revista ou o jornalista é porque defende a "imprensa livre".

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