O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu mais uma vez a intervenção da União no Distrito Federal. As eleições indiretas, marcadas para o dia 17 de abril, para a escolha do governador que exercerá o mandato até 31 dezembro deste ano, é mais um motivo, para o procurador, para a defesa da intervenção.
"A ideia das eleições indiretas tem essa finalidade de enfraquecer o pedido de intervenção, mas ao contrário, apenas o fortalece, porque coloca em pauta o tema do colégio eleitoral, formado por pessoas que compõem a Câmara Distrital e que em boa parte está envolvida no esquema de corrupção que levou à prisão do governador José Roberto Arruda. Com esses eleitores, que governador terá o Distrito Federal?", disse Gurgel.
"A situação no Distrito Federal continua extremamente grave. Procura-se dar uma aparência de normalidade, mas que se limita à superfície", continuou. "O Ministério Público continua convencido de que o problema só será resolvido com a intervenção federal", afirmou, em entrevista na Câmara, após encontro com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), no qual o assunto foi o pedido para barrar a votação do projeto de lei da mordaça.
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