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Os procuradores da República que cuidam dos procedimentos contra autoridades citadas na Operação Lava Jato passarão este final de semana, antes da apresentação dos inquéritos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), trabalhando na Procuradoria-Geral da República, em Brasília. No sábado e no domingo, o trabalho dos membros do Grupo de Trabalho será revisar e reler as peças elaboradas com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Só no STF são 42 procedimentos, referentes ao número equivalente de fatos apurados com base nos depoimentos dos delatores da Lava Jato. No STJ, estão a cargo do ministro Luís Felipe Salomão três procedimentos relacionados ao suposto envolvimento dos governadores do Rio de Janeiro e do Acre, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Tião Viana (PT-AC), e do ex-ministro Mário Negromonte (PP) no esquema de corrupção da Petrobras.

Os procuradores tentam concluir o trabalho para que o material chegue aos tribunais entre terça e quarta-feira. Eles checam atualmente todas as peças para que não haja nenhuma incoerência entre cada caso, já que todos os casos estão interligados.

Tensão no Congresso

A divulgação dos nomes de parlamentares que constam na “lista” do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é motivo de tensão no Congresso. O procedimento habitual de Janot é avisar políticos investigados antes de solicitar as investigações ao Supremo, para que os parlamentares não sejam “intimados” por notícias divulgadas pela imprensa. Ainda não se sabe se a operação será a mesma nos casos relativos à Lava Jato.

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