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"Fuerza, Palocci", diz Chávez -O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visitou ontem a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e foi recepcionado por diversos ministros, incluindo Antonio Palocci. Chávez deu um abraço em Palocci (de costas na foto) e desejou "força" ao ministro da Casa Civil, alvo de denúncia de suspeita de enriquecimento ilícito. "Fuerza, fuerza", afirmou Chávez, ao cumprimentar Palocci, na chegada ao Palácio do Planalto.  Embora tenha tentado transparecer que estava em uma rotina de normalidade durante a visita do venezuelano, Palocci fugiu da imprensa logo após almoço em homenagem a Chávez, no Palácio do Itamaraty. Ele teve de mobilizar funcionários do Ministério das Relações Exteriores para encontrar uma maneira de sair do prédio sem ser abordado pelos jornalistas – o que envolveu a troca por três vezes da portaria pela qual ele sairia. Já Dilma se recusou a responder perguntas sobre o futuro de Palocci | André Dusek/AE
"Fuerza, Palocci", diz Chávez -O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visitou ontem a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e foi recepcionado por diversos ministros, incluindo Antonio Palocci. Chávez deu um abraço em Palocci (de costas na foto) e desejou "força" ao ministro da Casa Civil, alvo de denúncia de suspeita de enriquecimento ilícito. "Fuerza, fuerza", afirmou Chávez, ao cumprimentar Palocci, na chegada ao Palácio do Planalto. Embora tenha tentado transparecer que estava em uma rotina de normalidade durante a visita do venezuelano, Palocci fugiu da imprensa logo após almoço em homenagem a Chávez, no Palácio do Itamaraty. Ele teve de mobilizar funcionários do Ministério das Relações Exteriores para encontrar uma maneira de sair do prédio sem ser abordado pelos jornalistas – o que envolveu a troca por três vezes da portaria pela qual ele sairia. Já Dilma se recusou a responder perguntas sobre o futuro de Palocci| Foto: André Dusek/AE

Em um dia em que a pressão pela saída do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ficou ainda mais forte, ele ganhou uma esperança para permanecer no cargo. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar a denúncia contra o ministro por suposto enriquecimento ilícito e tráfico de influência no governo federal por meio de sua empresa de consultoria particular, a Projeto. Com isso, a Procuradoria Geral da República (PGR) não irá abrir inquérito para investigá-lo.

Gurgel, que estava analisando o caso desde o último dia 20, a pedido de partidos de oposição, entendeu não haver indícios de crime na atuação de Palocci como consultor. No seu parecer, ele afirma não haver "nenhum fato que revelasse, ainda que superficialmente, a verossimilhança dos fatos relatos [pela representação da oposição]". A decisão baseou-se em documentação enviada pelo próprio Palocci.

Com a decisão, o ministro pode ganhar uma sobrevida e se manter no cargo. No domingo, a presidente havia acertado com o próprio Palocci que aguardaria a manifestação da PGR para decidir se o manteria ou não na Esplanada.

A decisão da Procuradoria de não investigar o ministro coloca Dilma diante de um dilema. Embora ganhe força o argumento de que Palocci é inocente do ponto de vista jurídico, politicamente a situação continua delicada, com aliados pedindo sua demissão.

Em nota divulgada pela Casa Civil ontem à noite, Palocci disse esperar que a decisão da PGR recoloque "o embate político nos termos da razão". "Prestei todos os esclarecimentos de forma pública. Entreguei à Procuradoria Geral da República, órgão legalmente competente para avaliar a apuração dos fatos, todos os documentos relativos à empresa Projeto. Espero que esta decisão recoloque o embate político nos termos da razão, do equilíbrio e da Justiça", disse ele.

Apesar do arquivamento da denúncia-crime na PGR, Palocci ainda é alvo de uma investigação cível, por improbidade (enriquecimento ilícito), no Ministério Público Federal de Brasília.

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