A Procuradoria da República em São Paulo informou nesta segunda feira, 28, que "cumpriu as diligências que constavam do pedido originário do Ministério Público da Suíça", relativas ao caso Alstom, como depoimentos e outras medidas requeridas pelos procuradores federais daquele país europeu.
Segundo a Procuradoria, o pedido da Suíça chegou em maio de 2010 e, ainda naquele mês, "tiveram início as oitivas dos investigados solicitadas pelas autoridades estrangeiras".
O caso Alstom liga a multinacional francesa a um escândalo de pagamento de propinas nos setores de energia e transportes públicos do governo de São Paulo desde o governo Fleury Filho (1991-1994) até 2003, pelo menos, de acordo com documentos e provas já amealhados pela promotoria e pela Polícia Federal.
Em 2010, no âmbito do caso Alstom, a Suíça enviou ao Brasil pedido de cooperação internacional entre o Ministério Público Federal em São Paulo e o Ministério Público da Confederação Helvética (MPC).
Na ocasião, o procurador da República Rodrigo de Grandis e promotores do Ministério Público Estadual a cumpriram o que a Suíça pediu, inclusive o depoimento do lobista Romeu Pinto Junior, suposto pagador de propinas da Alstom.
Romeu Pinto Junior afirmou que as propinas eram chamadas de "compromisso". O lobista, que se declarou aposentado, afirmou que os executivos franceses Pierre Chazot e Phillipe Jafre lhe ordenavam que entregasse "pacotes de dinheiro" a pessoas que desconhecia a identidade. Segundo ele, os pacotes eram levados por motoboys diretamente aos contemplados.
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