O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um parecer pedindo o arquivamento de um inquérito que investiga o senador José Sarney (PMDB-AP) numa suposta irregularidade envolvendo o Banco Santos. Como o senador - que teria uma ligação pessoal com controlador do Banco Santos Edmar Cid Ferreira - fez um saque de R$ 2 milhões um dia antes do Banco Central decretar intervenção na instituição, o Ministério Público em São Paulo viu indícios de uso de informações privilegiadas e crime contra o sistema financeiro.
Apesar da posição do Ministério Público em São Paulo, Janot, ao analisar o material, redigiu o parecer pelo arquivamento por entender que Sarney não teria sido enquadrado corretamente em crime. Além disso, mesmo se fosse punido, os supostos crimes contra o sistema financeiro já estariam prescritos, pois o caso aconteceu em 2004 e Sarney já tem mais de 70 anos - o que reduz os prazos prescricionais pela metade. Dessa forma, não haveria como punir o senador mesmo se ele fosse considerado culpado.
O parecer de Janot foi enviado ao ministro do STF Dias Toffoli, relator do inquérito contra Sarney. Como o Ministério Público é o titular da ação penal, o pedido de arquivamento feito por Janot será acatado por Toffoli, que deve encerrar o processo assim que tomar conhecimento da posição do procurador-geral da República.
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