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A sensação de insegurança no campo que tomou conta de produtores rurais dos municípios de Tupanciretã e Jari, no noroeste do Estado, provocou a adoção de medidas drásticas para combater a criminalidade. Criado na quarta-feria, o Grupo de Apoio à Segurança Rural irá promover blitzes nas estradas vicinais, verificar ações suspeitas e formar de um banco de dados sobre os trabalhadores das propriedades dos dois municípios.

A iniciativa dos produtores rurais contará com a participação de representantes do Ministério Público e dos órgãos responsáveis pela fiscalização da comercialização de carne. A coordenação das atividades será da Polícia Civil e da Brigada Militar. Desde o início do ano, já foram registradas 135 ocorrências de abigeato (roubo de gado) nos dois municípios. Mas, segundo a própria polícia, a quantidade de crimes do gênero deve ser três vezes maior.

Um dos produtores atingidos pelo abigeato na região foi Vagner Nascimento Soldera, 28 anos. Há 10 dias, quando foi carregar animais que tinha acertado para comercialização, percebeu a falta de 24 cabeças de gado charolês e holandês.

– Quando chegamos para carregar os bois, notamos a porteira arrombada e rastro dos pneus do caminhão. Eles levaram o gado vivo para ser abatido em outro lugar. Tinha terneiro, vaca e novilha – disse Soldera, que contabiliza um prejuízo de R$ 15 mil.

Na busca pela redução de prejuízos aos produtores, as blitzes pelas estradas do interior começarão a ser realizadas nos próximos dias. As atividades de segurança incluirão ainda os limites com municípios vizinhos, como Jóia, Cruz Alta e Júlio de Castilhos.

Outra ação deflagrada é o cadastro das pessoas que trabalham no campo. O objetivo é evitar que criminosos sejam empregados nas propriedades apenas para conhecer a rotina do local e facilitar o roubo.

– Com estas ações, além do abigeato, vamos combater o roubo e o furto de agrotóxicos nas propriedades. As ações serão realizadas no campo, contra os ladrões, e na cidade, contra os receptadores – explicou o delegado de Júlio de Castilhos, Antônio Firmino de Freitas Neto, que responde interinamente por Tupanciretã.

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