A professora de sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Vilma Pessoa, de 44 anos, foi quem gritou 'Vai embora, Severino, corrupto, já vai tarde", frase que levou o presidente interino da Câmara, José Thomaz Nonô (PL-AL), a mandar esvaziar as galerias do plenário, iniciando um tumulto que levou à detenção de três estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que já foram liberados e encaminhados ao Instituto Médico-Legal para fazer exame de corpo de delito.
Depois da confusão, a professora contou que veio a Brasília para pedir mais verba para a educação e prometera a seu pai, que é torneiro mecânico, que diria tudo aquilo que está engasgado em sua garganta e na de tantos brasileiros.
- Ia pedir mais verba para educação, mas vi aquele discurso de renúncia até o final. Quanto mais ele falava, mais eu me indignava. Então eu fui lá e fiz aquela fala, que acredito seja a fala que está engasgada na garganta do povo brasileiro. Prometi ao meu pai, que é torneiro mecânico aposentado, que está desiludido, que ia dizer aquilo tudo o que está engasgado na garanta dele - afirmou.
Segundo a professora, é preciso protestar contra o acordão que estaria sendo negociado para minimizar as punições de parlamentares. Vilma disse que "todo o dinheiro que está rodando do caixa dois do PT e do mensalão sai da educação e da saúde do povo". Assim que Vilma gritou, os estudantes tentaram exibir uma faixa com a frase "Corrupção é igual a falta de educação. Mais verbas para o ensino público", mas foram impedidos pela segurança da Câmara. No tumulto, foi quebrado um vidro que divide a Câmara do Senado.
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