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O programa Minha Casa, Minha Vida, que neste ano ainda está longe da meta de 1 milhão de casas, deve deslanchar em 2010, segundo expectativa do ministro das Cidades, Márcio Fortes. A meta é para o final do próximo ano.

Para o ministro, a fase inicial do programa foi mais lenta devido necessidade de reprogramação das empresas da construção civil quanto logística para atender a cidades do interior e a mudanças em projetos para construção de casas para as famílias com renda de até três salários mínimos.

Márcio Fortes lembra ainda que foi preciso negociação entre prefeitos e governadores e o Poder Legislativo municipal para que fosse autorizada a doação de terrenos, entre outros ajustes. No caso da Caixa Econômica Federal, gestora do programa, foi necessário criar uma estrutura para agilizar a aprovação de projetos das construtoras. Além disso, ressaltou o ministro, o momento inicial de baixar normativos já foi vencido.

Conforme dados do ministério, até o dia 14 deste mês, foram enviadas Caixa propostas referentes a 595.657 unidades habitacionais, o que representa R$ 38,8 bilhões de investimentos Desse total de unidades, 220.428 foram contratadas 132.125 para a faixa de renda de até três salários mínimos, 71.071 para a faixa de três a seis e 17.232 para a faixa de seis a dez.

O Centro-Oeste foi a região que concluiu a maior parte da meta. A previsão é de 69.785 unidades e a região já atingiu 37,1% do total. O Sul ficou em em segundo lugar, com a conclusão de 34,5% do total previsto de 120.017. No Sudeste, foram cumpridos 20,2% de 363.984. O Nordeste chegou a 20,6% da meta de 343.197 unidades. O Norte, por fim, cumpriu 8,4% da meta de 103.018 habitações.

Segundo o ministro, a diferença entre as regiões depende muito da agilidade de prefeitos e governadores em organizar cadastros, liberar terras e mobilizar as empresas, argumenta.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, afirma que o setor da construção civil está motivado, apesar de a contração de projetos ainda estar lenta. A Caixa está ampliando os quadros [de funcionários que vão trabalhar na análise e aprovação de projetos], informa Simão.

Apesar disso, ele destaca que há estados, como o Maranhão, que já cumpriram a meta de projetos. Em janeiro, haverá uma avaliação do programa e pode haver remanejamento nas metas entre os estados.

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