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Vigilância tentará reduzir crimes

O Conseg vem artuculando com a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), desde o ano passado, a implantação do sistema na região central da cidade ao custo de R$ 600 mil, instalando 20 câmeras e também uma central de operações. As câmeras seriam instaladas em uma área cobrindo da praça da Catedral Nossa Senhora da Glória até a Antiga Rodoviária, região do coração financeiro da cidade e com ocorrências policiais freqüentes.

O projeto, batizado de Anjos da Guarda, também tenta envolver as secretarias municipais e polícias, prevendo a instalação de 150 câmeras que ajudariam também em questões de trânsito. O custo seria de R$ 2 milhões e a verba viria de recursos federais, estaduais, municipais e particulares. O presidente do Conseg, Everaldo Moreno, lamenta a polêmica com os vereadores e diz que o monitoramento é só mais uma de inúmeras iniciativas para suprir o déficit do efetivo policial. O Conselho de Maringá existe há 25 anos e é o primeiro do país.

A Câmara de Vereadores de Maringá e o Conselho Municipal de Segurança (Conseg) estão trocando acusações sobre um projeto de um sistema de monitoramento com câmeras de vídeo para reforçar a segurança no centro de Maringá, tentando com a vigilância intensiva diminuir o número de assaltos. O projeto de lei, de autoria do vereador Dorival Dias (PP), foi aprovado em primeira discussão na noite de última terça-feira e entrará em segunda discussão hoje.

A paternidade do projeto "Big Brother", assim apelidado pela vigilância monitorada por câmeras, está sendo disputada porque a cidade já tinha um projeto sobre o monitoramento eletrônico em andamento, elaborado pelo Conseg e que está sendo discutido com diferentes setores desde o início do ano passado. O vereador Odair Fogueteiro (PTB) afirma que o presidente do conselho, Everaldo Moreno, estaria denegrindo a imagem da Câmara e até teria copiado o projeto de Dias. "Ele [Fogueteiro] desconhece o Conselho, o nosso projeto, o que seria o dever dele como vereador", diz Moreno.

Odair Fogueteiro também critica Moreno dizendo que é um absurdo ele se pronunciar sobre o projeto da Câmara. "Cabe ao vereador decidir como o projeto será aplicado e ele quis aparecer", disse vereador.

Esta é a segunda vez em menos de 40 dias que o Conseg e a Câmara participam de uma polêmica sobre segurança. A primeira foi sobre a Lei Seca, que tinha apoio do conselho. Mas o projeto foi rejeitado no dia 10 de abril.

Dorival Dias diz que planejou o monitoramento ainda na campanha do prefeito Silvio Barros em 2004, mas só protocolou o projeto em agosto do ano passado. Ele teve a idéia depois que leu em revistas sobre um sistema que funcion na Inglaterra e,

como havia a preocupação em baratear as despesas públicas, pensou que seria ideal substituir a vigilância de guardas pela tecnologia. "Um policial custa R$ 15 mil ao ano para a prefeitura e R$ 45 mil ao ano se for por 24 horas. Com as câmeras seria só o custo inicial da compra", disse Dias.

Além do monitoramento, o vereador pediu um crédito adicional de R$ 50 mil para que o sistema seja colocado em prática. Mas cabe à prefeitura a escolha, quantidade de câmeras e locais onde o sistema funcionaria.

O projeto é autorizativo e por isso não obriga a prefeitura a implantá-lo. A prefeitura ainda não se pronunciou se o projeto é viável, apesar de estar acompanhando as discussões do Conseg. Somente hoje, depois da votação final do projeto, é que a administração municipal deve falar sobre o assunto.

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