A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa começa a discutir, nesta terça-feira (11), o projeto que altera a as regras de funcionamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar). O líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), considera que a proposta do Executivo reduz o controle social e amplia o poder do estado na Agepar. Já o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), afirma que o objetivo do projeto é apenas fortalecer a agência.
A Agepar tem a atribuição de regulamentar e fiscalizar as concessões de rodovias, de travessias com balsas e do transporte coletivo intermunicipal de passageiros. No projeto encaminhado aos deputados, o governo transforma o Conselho Deliberativo da agência em Conselho Consultivo, excluindo suas atribuições decisórias, inclusive a de aprovar a metodologia usada para fixar, rever, ajustar e homologar tarifas. Pelo texto, o grupo passaria a ter poder apenas de “produzir, em periodicidade anual, críticas sobre a atuação da agência”.
Gleisi ataca ministros políticos do TCU de oportunismo
Leia a matéria completaAlém disso, em vez de aprovar o plano geral de metas da agência, o conselho da Agepar passaria apenas a “zelar” pelo cumprimento dos instrumentos de delegação dos serviços públicos. A tarefa de aprovar os relatórios anuais da diretoria se tornaria uma simples avaliação desses relatórios.
Traiano irá à reunião do PSDB sobre protesto e impeachment
Leia a matéria completaAo mesmo tempo, porém, o projeto dá à diretoria da agência poder de decidir, homologar e fixar, em decisão final, os pedidos de reajuste de tarifas. E, também, de “avaliar permanentemente a política tarifária, propondo revisões ditadas pelo interesse público”. Hoje, a palavra final cabe ao governador. “O governador fica lá, faceiro, olhando ao longe a Agepar fazer os aumentos das tarifas, para depois dizer que a decisão não é dele. É cômodo demais para ele”, diz Veneri.
Alep pede a ministro que locomotiva belga não seja enviada de Londrina a Curitiba
Leia a matéria completaOutra mudança proposta pelo Executivo é excluir do conselho o representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea), aumentando de dois para três os indicados pelo governador Beto Richa (PSDB). Dessa forma, o conselho, formado por 11 integrantes, passaria a ser composto pelo presidente da Agepar, um deputado estadual, três indicados pelo governador, três representantes de entidades reguladas pela agência e três indicados pelos conselhos de usuários das entidades reguladas.
Veneri propõe que seja realizada uma audiência pública para debater as mudanças apresentadas pelo governo do estado. “Essa audiência é importante, pois o líder do governo solicitou que o projeto seja votado em regime de urgência, pretendendo mudar a estrutura da Agepar sem discutir com a sociedade”, justifica.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento