Veneri: dificuldade| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Foi aprovado em primeira votação ontem na Assembleia Legislativa do Paraná um projeto de autoria do Executivo que vai criar condições atrativas para quitação de dívidas contraídas junto ao Banestado. O objetivo é dar isonomia nas cobranças e conseguir reaver parte do dinheiro, considerado de difícil recuperação pelo deputado Ademar Traiano (PSDB). Segundo ele, a dívida hoje é de R$ 1,5 bilhão, dos quais o governo pretende recuperar cerca de R$ 200 milhões com a proposta.

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A dívida do Banestado foi repassada à Agência de Fomento do Paraná quando o banco foi vendido para o Itaú no ano 2000. Dos 1243 devedores, cerca de 66, quase todos pequenos agricultores, segundo o deputado, terão suas dívidas zeradas por serem inferiores a R$ 45 mil. O resto poderá quitar a dívida pagando apenas a metade, caso seja a vista, ou com 40% de desconto, caso o devedor decida parcelá-la. "Esse dinheiro recuperado, uma vez de volta à Agência de Fomento, pode ser reemprestado para a iniciativa privada em uma série de programas", explica Traiano.

"Proporcionar meios para que as pessoas paguem suas dívidas é completamente compreensível, e isso já foi feito por outros governos, é assim que geralmente se resolve esse tipo de situação", diz o vice-líder da oposição Tadeu Veneri (PT). Mas pondera: "É mais uma forma de captar recursos. O estado está com uma dificuldade enorme de compatibilizar suas receitas e suas despesas, e agora busca formas de conseguir ter mais caixa".

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