O projeto que prevê que proprietários rurais do estado possam aproveitar economicamente árvores nativas que venham a ser derrubadas por causas naturais vento, raios, tempestades ou doenças terá de voltar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. Ontem, durante a segunda votação da proposta, o deputado Augustinho Zucchi (PDT) apresentou uma emenda que retira o termo "doenças" do texto. Para o pedetista, isso pode levar produtores a provocar a morte de árvores, com objetivos financeiros, alegando doença.
Pelo projeto do deputado Nereu Moura (PMDB), a permissão de uso econômico vale para vegetação nativa e incluiria espécies ameaçadas de extinção no Paraná, como a araucária e a imbuia. A utilização da chamada "madeira caída" já ocorre atualmente em alguns casos com autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que continuaria responsável pela autorização do uso das árvores derrubadas por causas naturais.
No entanto, a possibilidade de que a medida possa facilitar o desmatamento ilegal levou Zucchi, que é agrônomo, a propor a retirada da palavra "doenças" do texto.
Ambientalistas entendem que o projeto, na verdade, criaria uma "cortina de fumaça", para facilitar o desmatamento e desrespeitar a legislação ambiental. O peemedebista nega que a proposta tenha essa intenção.
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