Representantes da Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad), na frente da Câmara Municipal de Curitiba, querem a aprovação do projeto de lei que transforma a entidade em utilidade pública| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

A proposta do projeto de lei da vereadora Professora Josete (PT) que concede à Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad) o título de Utilidade Pública foi rejeitada por 16 votos contra 13 na Câmara Municipal de Curitiba nesta segunda-feira (23). O título de Utilidade Pública habilitaria a entidade em projetos e convênios com o poder público, além de isenção de taxas.

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Após muita confusão na Câmara, os vereadores realizaram a votação. A bancada evangélica da Câmara, liderada pelo vereador Pastor Valdemir Soares (PRB), contra a concessão, afirmou que o motivo de veto da lei seriam os excessos praticados pelos homossexuais durante os desfiles da Parada Gay, que ocorrem em Curitiba todos os anos.

Representantes da Appad também estiveram na Câmara a favor dos direitos aos homossexuais. Para a vereadora Professora Josete, o veto ocorreu por causa do preconceito. "Excessos há em todo lugar, até aqui na Câmara. Isso não é motivo para rejeitar um projeto", afirmou.

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O debate do projeto foi acirrado e entrou no âmbito religioso. Com ânimos exaltados, a cada frase que consideravam ser contrárias aos próprios ideais, representantes dos dois lados vaiavam os vereadores que discursavam no plenário.