O promotor de Justiça Roberto Bodini, que lidera as investigações sobre a quadrilha do Imposto Sobre Serviços (ISS) em São Paulo, disse ontem que deve pedir a quebra de sigilo fiscal das incorporadoras BKO, Trisul, Tecnisa e Tarjabe e auxílio da Receita Federal para investigá-las. Essas empresas foram apontadas como beneficiárias do esquema de pagamento de propina para obtenção de desconto no ISS na capital paulista, que causou um prejuízo estimado em R$ 500 milhões nos cofres municipais. As quebras serão pedidas caso as incorporadoras não cooperem com as investigações sobre a quadrilha. A Brookfield, que já foi ouvida, confirmou o pagamento de R$ 4,1 milhões entre 2008 e 2012. Já o fiscal Luís Alexandre Cardoso Magalhães, integrante da quadrilha que assinou o acordo de delegação premiada, disse em depoimento que as empresas pagavam porque queriam. Bodini deve ouvir as empresas a partir da quinta-feira.
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