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Roberto Winder Filho, 1º promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial para a Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que participa do inquérito para apurar o assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, em 2002, disse em seu depoimento à CPI dos Bingos que foram detectadas "falhas gritantes" na primeira investigação do crime. Segundo o promotor, o seqüestro de Celso Daniel foi incomum, e surgiram várias contradições nas apurações e depoimentos, nas posições dos carros, entre outras.

- Essa história é mal contada. Não é uma história plausível - afirmou.

O promotor lembrou ainda os assassinatos de testemunhas que ocorreram e que uma delas morreu dois dias após depor na polícia. Ele afirmou que há provas seguras, testemunhais e documentais, que atestam a participação de Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, no assassinado de Celso Daniel. O promotor disse também que Sombra se contradisse várias vezes em seus depoimentos.

- As provas contra Sérgio são bastante fartas e seguras- afirmou o promotor.

A delegada Elizabeth Satto, titular da 78ª Delegacia de Polícia dos Jardins, em São Paulo, e responsável pelo inquérito reaberto para apurar o assassinato de Celso Daniel, também disse, em seu depoimento, que houve muitas questões não explicadas no primeiro inquérito. A delegada afirmou ainda que Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado e que muitas pessoas participaram de sua morte.

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