Ponta Grossa - Com a orientação da Procuradoria-Geral da Justiça do Paraná de que as promotorias sigam o mesmo horário de expediente do poder Judiciário, do meio-dia às 19 horas, alguns promotores estão trabalhando em casa pela manhã para não atrasar o serviço.
Felipe Lamarão de Paula Soares, promotor de Justiça na Lapa, cidade com 34,6 mil habitantes na região metropolitana de Curitiba, diz que, até que haja um parecer do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o horário dos promotores, ele está trabalhando em casa. "Estou usando meu computador e minha luz para trabalhar. Não que isso gere custos, mas acho que é conceitualmente errado, porque estou prestando um serviço público", comentou Soares em relação ao argumento que motivou a mudança de horário, que é a redução de gastos do poder Judiciário.
O único promotor de Ortigueira, município com 16,1 mil habitantes no Norte do estado, Juliano da Silva, explica que faz o mesmo. "Tenho feito alguns serviços de manhã na minha casa porque à tarde não há tempo hábil, pois tenho que participar de audiências", diz. Outros estão chegando ao trabalho um pouco mais cedo, às 11 horas. A promotora de Ponta Grossa Caroline Teixeira de Sá comenta que houve um acordo com a direção e os promotores que tiverem necessidade podem chegar uma hora antes da abertura do fórum.
Por enquanto, segundo os promotores, o Ministério Público ainda não registrou reclamações da população sobre os novos horários. Segundo Soares, a preocupação é com relação às pessoas que moram na zona rural e que dependem do transporte coletivo. "Se uma audiência começa às 17h30, como é que essa pessoa vai embora para casa. E a que horas ela vai chegar?", pergunta o promotor.
Nas comarcas em que o Ministério Público tem sede própria, o horário permanece o antigo, das 8h30 às 11h30 e das 13 às 17 horas. Mas, segundo a assessoria de imprensa do órgão, a maioria das promotorias funciona nos prédios dos fóruns. Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e Londrina, no Norte do estado, por exemplo, têm sedes próprias, mas dependem da estrutura do poder Judiciário. Em Ponta Grossa, dos 15 promotores, só três trabalham na sede e os demais ficam no fórum da cidade. Em Londrina, dos 28 promotores só sete dão expediente na sede.
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