O governo do Paraná poderá gastar até R$ 53 milhões em publicidade no próximo ano, graças a uma emenda apresentada ao Orçamento estadual por dois deputados da base aliada na Assembléia Legislativa. O Executivo tinha estabelecido em R$ 8 milhões o limite de recursos para a Secretaria de Comunicação. Mas o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o deputado Alexandre Curi (PMDB) fizeram uma emenda no valor de R$ 45 milhões para a secretaria. O Orçamento foi aprovado anteontem e segue para sanção do governador.
Os recursos gastos pelo governo com publicidade, considerados poucos, vem sendo alvo de críticas dos próprios deputados aliados. Há duas semanas, o deputado Nereu Moura (PMDB), relator do Orçamento, afirmou que a proposta do Executivo para a área de propaganda era muito baixa, o que poderia estar afetando a imagem do governo perante à população.
No ano passado, Romanelli conseguiu a aprovação de uma emenda semelhante, no valor de R$ 30 milhões. Somado com os R$ 8 milhões propostos pelo governo, a Secretaria de Comunicação tinha R$ 38 milhões para gastar. Porém, as despesas da secretaria até novembro deste ano, foram de apenas R$ 3,5 milhões. A informação está no site Gestão do Dinheiro Púbico, de responsabilidade da Secretaria da Fazenda.
Segundo o secretário de Planejamento, Ênio Verri, os valores que não foram usados na pasta de Comunicação foram remanejados ao longo do ano para outras áreas, como saúde e educação. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação, mas ninguém comentou o assunto. Desde a saída do ex-secretário Airton Pisseti da pasta, no meio do ano, quem responde pela secretaria é o diretor-geral João Benjamin dos Santos.
Romanelli diz que o governo precisa ter uma política de Comunicação Social que tenha a participação dos meios de comunicação privados. "O governo tem investido em tevê pública, no site oficial e em outros órgãos de comunicação estatal. Acho necessário que os veículos privados também façam parte da comunicação do governo."
O deputado Alexandre Curi lembrou que, embora tenha sido proposta a emenda de R$ 45 milhões, isso não quer dizer que o governo irá gastar a totalidade dos recursos. A lei orçamentária não obriga o governo a gastar a o volume total de recursos previsto. Ela apenas autoriza gastos até o limite estabelecido.
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