A lista de empresas acusadas de pagar propina à máfia dos fiscais de São Paulo reúne desde grandes construtoras e incorporadoras até hospitais e shoppings. São 410 empreendimentos suspeitos de pagar, ao todo, R$ 29 milhões em propinas entre junho de 2010 e outubro de 2011, e de deixar de recolher, segundo o Ministério Público, R$ 59 milhões em impostos referentes a empreendimentos imobiliários.

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Vinte e quatro empreendimentos do grupo Gold teriam pago mais de R$ 2 milhões em propina para a quadrilha de fiscais. Esses empreendimentos são geridos, em sua maioria, pela Goldfarb e pela PDG ou por empresas ligadas a esses grupos. Também são controladas pela PDG a Klabin Segall e a Klassel, que teriam pago cerca de R$ 580 mil e R$ 340 mil, respectivamente, à quadrilha. A PDG divulgou nota afirmando que não recebeu nenhum comunicado sobre a lista. "Esclarece que continua à disposição para prestar todos os esclarecimentos caso seja solicitada alguma informação", diz o texto.

A Cyrela também consta na lista, que estava em poder da ex-mulher de Luis Alexandre Cardoso Magalhães, um dos integrantes da quadrilha. Segundo o documento, a companhia teria pago R$ 296 mil aos fiscais. Em nota, a Cyrela informou que "preza pela transparência e seriedade" e "reitera que desconhece qualquer irregularidade em seus empreendimentos".

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O Shopping Iguatemi consta como um dos empreendimentos que teria pago propina de R$ 78,8 mil. A assessoria de imprensa do shopping informou que a empresa "desconhece qualquer irregularidade". O Hospital Igesp, que teria pago R$ 48 mil para serem divididos entre os quatro integrantes da quadrilha, também informou que não recebeu notificação sobre o caso e se disse à disposição para novos esclarecimentos.