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Em rota de colisão com parte do governo, Michel Temer criticou condução da economia, | Ueslei Marcelino/Reuters
Em rota de colisão com parte do governo, Michel Temer criticou condução da economia,| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta s egunda-feira (31) que é uma “coisa extremamente preocupante” o fato de o governo enviar uma proposta orçamentária de 2016 ao Congresso com previsão de déficit primário, mas que é algo necessário para a transparência. “É para registrar a transparência absoluta das questões orçamentárias, ou seja, não há mais maquiagem nas contas”, disse Temer em evento promovido pela revista Exame.

Ele disse que o governo avaliou que sofreria uma derrota se propusesse a volta da CPMF e que por isso foi melhor ter uma proposta transparente. “Foi melhor que a transparência se desse para que, desde logo, disséssemos que precisamos de apoio de todos os setores da sociedade brasileira, do Congresso, para construirmos juntos uma solução para a crise econômica”, disse o vice-presidente.

Na abertura de sua fala no evento, Temer citou sua polêmica de cerca de um mês atrás, quando falou da gravidade da crise econômica e política e disse que o país precisava de “alguém” que reunificasse a nação. Temer disse que hoje o país passa por um “momento difícil” e que às vezes as coisas óbvias precisam ser colocadas.

Dilma faz reunião de coordenação política antes do envio da proposta do Orçamento

No dia em que o governo tem que entregar a proposta do Orçamento de 2016 ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff comanda a reunião de coordenação política na manhã desta segunda-feira (31) sem a presença do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que está em São Paulo, mas com a participação dos ministros que compõem a junta orçamentária Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

O governo enviará uma proposta com um déficit primário da ordem de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que gastará mais do que vai arrecadar, mesmo sem levar em conta despesas com pagamento de juros. O resultado negativo deve ficar próximo de R$ 30 bilhões.

Além dos ministros da junta orçamentária, participam da reunião os ministros: Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia); Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social); Eduardo Braga (Minas e Energia); Gilberto Kassab (Cidades); José Eduardo Cardozo (Justiça); Miguel Rossetto (Secretaria-Geral); Ricardo Berzoini (Comunicações). Estão presentes também o líder do governo na câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).

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