O ministro da Previdência Social, José Pimentel, disse nesta segunda-feira (16) em Curitiba, que as propostas das centrais sindicais para o reajuste do salário mínimo para quem ganha mais de um salário são absorvíveis pelo orçamento da União em 2010. Segundo o ministro, o governo não tem resistência ao que foi proposto.
Na semana passada, no entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse aos sindicalistas, em Brasília, que quer uma proposta única para negociar.
O governo e as maiores centrais sindicais, entre elas a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), fecharam um acordo para o reajuste que previa a reposição da inflação mais a metade do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores, o que significaria um ganho real de 6%.
O problema é que centrais sindicais menores não aceitam a proposta do governo e têm pressionado para que os aposentados tenham o benefício reajustado pelo mesmo índice aplicado ao salário mínimo, que dá mais de 8% de aumento.
Pimentel disse que a previdência pública urbana está voltando a ser equilibrada financeiramente, ao falar para os participantes do 25º Congresso dos Tribunais de Contas do Brasil. Estamos arrecadando o suficiente para pagar esses benefícios. São 26,7 milhões de aposentados e beneficiários para uma folha de pagamento em torno de R$ 17,1 bilhões mensais.
Entretanto, de acordo com Pimentel, as aposentadorias rurais, que contribuem com o pagamento de percentuais sobre a comercialização da produção, serão sempre subsidiadas pela sociedade. O que arrecadamos na área rural equivale a 10% do que foi pago este ano. Vamos pagar R$ 44 bilhões em benefícios e deveremos arrecadar algo em torno de R$ 4,2 bilhões. Serão necessários R$ 40 bilhões para fechar a conta da previdência rural."
O ministro disse ainda que o Brasil está entre os dez países do mundo de maior cobertura previdenciária. Para a população acima de 60 anos de idade temos uma cobertura de 82% e entre aqueles que têm acima de 16 anos e menos de 60 anos a cobertura atualmente é de 66%
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