Protesto em Brasília: manifestantes criticaram absolvição de Jaqueline Roriz e pediram condenação judicial de mensaleiros| Foto: Marcello Casal Jr/ABr
Lavando ministério: corrupção e impunidade na mira dos manifestantes

Brasília - A Polícia Militar estima que cerca de 25 mil pessoas participaram ontem, em Brasília, de protestos contra a corrupção. Organizado por meio das redes sociais, o protesto ganhou adeptos ao longo da caminhada na Esplanada dos Ministérios. Na Praça dos Três Poderes, o grupo cantou o Hino Nacional e parte ficou no gramado principal do Congresso. A PM cercou os prédios da Câmara e do Senado. Alguns jogaram água nos policiais, mas não houve confronto.

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Os manifestantes levaram faixas, cartazes e fizeram muito barulho, mas não puderam chegar perto da pista onde ocorria o desfile de Sete de Setembro com a presença da presidente Dilma Rousseff e de outras autoridades. Muitos usavam nariz de palhaço e camisetas pretas com dizeres contra a corrupção e a impunidade. Participaram do protesto pessoas de todas as idades, inclusive crianças.

O movimento teve apoio de entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que cedeu o trio elétrico. Eles saíram da catedral em direção ao Congresso Nacional.

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Entre os principais alvos do movimento estiveram a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que escapou recentemente da cassação, e os "mensaleiros" dos governos petista, tucano e do DEM no Distrito Federal.

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, fez um discurso de militante no protesto contra a corrupção, em Brasília. Ophir defendeu que os brasileiros se engajem em ações contra a corrupção e a impunidade.

"O povo tem que ir para a rua como foi nas Diretas-Já, no impea­­chment de [Fernando] Collor. Temos que ser protagonistas e não coadjuvantes. Ladrão tem que ir para cadeia", afirmou o presidente da OAB.

Em São Paulo, a marcha reuniu um público bastante diversificado, com rostos pintados, apitos, nariz de palhaço e faixas. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participaram da manifestação. Um novo ato está sendo planejado para o feriado de 12 de outubro.

A maioria era de jovens e estudantes, mas também apareceram para protestar pais com filhos, idosos e até moradores do interior paulista.

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Durante a missa, o arcebispo de Aparecida, cardeal dom Ray­­­mundo Damasceno, fez um apelo para os governantes do país. "Vamos pedir que nossos governantes tomem suas decisões pensando na Justiça, no desenvolvimento do país, no bem de todo o povo e tenham sensibilidade para com os mais excluídos para que o país tenha melhores condições de vida", disse.

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