O presidente interino, Michel Temer, foi alvo de mais um protesto em Curitiba por grupos que não reconhecem a legitimidade do processo de impeachment que afastou do cargo a presidente Dilma Rousseff. Neste sábado (4), por volta das 15 horas, um grupo se concentrou na reitoria da UFPR e estendeu faixas chamando Temer de golpista.
De acordo com os organizadores, cerca de 800 pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar estimou em 100 o número de manifestantes. No evento no Facebook, 1,4 mil pessoas haviam confirmado presença.
Em marcha, por volta das 16 horas, os manifestantes passaram pelo Círculo Militar e pararam na Praça 19 de Novembro. Lá, as mulheres tomaram a frente do protesto, com alguns coletivos feministas, que acusaram o governo interino de ser misógino e de tomar decisões contra o público feminino, como a escolha de um ministério exclusivamente masculino e a seleção de uma evangélica contra o aborto em caso de estupro.
O passo seguinte da marcha foi uma manifestação em frente à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A entidade foi escolhida como ponto final do protesto, segundo os organizadores, pelo papel importante que teve na pressão pelo impeachment.
No Facebook do evento foram divulgadas fotografias de pichações no prédio da Fiep. “Pessoalmente, não sou a favor do governo Dilma, mas não concordo como o processo foi conduzido”, disse o publicitário Paulo de Jesus, que participou da marcha.
Mais protestos contra o governo atual devem ser marcados nos próximos dias. “Nós não vamos parar”, garantiu o publicitário.
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