Bonecos contra Lula e Dilma foram sensação.| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Milhares de manifestantes foram às ruas em diversas cidades do país no domingo (13) para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas sem conseguir reunir um apoio maciço que causasse preocupação ao Planalto. O movimento foi tímido devido à articulação às pressas, pego de surpresa pela decisão do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.

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GALERIA: Veja fotos sobre os protestos

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Manifestantes criticam PT, Fachin e agradecem a Sérgio Moro em Curitiba

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INFOGRÁFICO: Os protestos pelo Brasil no mapa

Se os protestos de março, abril e agosto chegaram a reunir até 1 milhão de pessoas no país, segundo estimativas da Polícia Militar, desta vez a PM confirmou a participação de menos de 100 mil pessoas nas manifestações por todo o Brasil.

Os organizadores, por outro lado, garantem que mais de 500 mil cidadãos foram às ruas.

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Líderes do movimento Vem Pra Rua garantiram que o objetivo não era realizar uma grande mobilização, mas manter o clima de impeachment na rua.

Segundo o movimento, o grande evento popular está marcado para o dia 13 de março de 2016, ou seja, daqui a três meses, em data supostamente mais próxima à votação do impeachment no Legislativo.

“Esperamos muito menos gente hoje [domingo] porque nas outras manifestações tivemos dois ou três meses para nos organizar. A de hoje é um sinal de que a população está voltando às ruas, que está muito atenta ao processo de impeachment”, argumentou Kim Kataguiri, coordenador nacional do Movimento Brasil Livre.

Alívio momentâneo

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

O Planalto respirou aliviado com o balanço dos protestos de domingo (13). Embora fosse nítido que os organizadores não conseguiram repetir o feito das manifestações anteriores, o governo avaliou que o domingo (13) não pode ser usado como termômetro para a situação de crise. A avaliação foi de que o período de final de ano poderá servir para esfriar o clima de tensão política, com as festas de Natal e réveillon, e o Carnaval. Pelo menos até março não estão previstas grandes manifestações. É o tempo que o Planalto considera fundamental para reavaliar estratégias políticas e ganhar força na opinião pública.

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Manifestantes se concentraram na Praça Santos Andradre, em frente à Universidade Federal do Paraná, e caminharam pela XV de Novembro até a Boca Maldita.
Concentração em frente à Universidade Federal do Paraná.
Manifestante com camisa com imagem do juiz federal Sérgio Moro.
Na escadaria da Santos Andrade.
Manifestantes na Santos Andrade. Uma segura um boneco Pixuleco, outro usa uma bandeira com o rosto do juiz federal Sérgio Moro.
Houve também quem defendesse, mais uma vez, a ideia de “intervenção militar constitucional”.
Manifestantes caminham pelo calçadão da Rua XV de Novembro.
Manifestantes pedem a saída da presidente Dilma Rousseff.
Praça Santos Andrade.
O protesto também fez críticas ao ministro do STF Luiz Edson Fachin, que nesta semana paralisou o andamento do processo de impeachment até a próxima quarta-feira, quando o plenário do STF irá julgar a constitucionalidade dos últimos atos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Quem participou do ato também espera que o ex-presidente Lula seja investigado pela Operação Lava Jato.
Praça Andrade.
Praça Santos Andrade.
XV de Novembro.
Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba.