Marcha contra corrupção reúne 500 pessoas em Curitiba
Grupos que protestam por mais investimentos na educação e maior transparência no Congresso promoveram uma manifestação na tarde desta sexta-feira (7) em Curitiba. Por volta das 15h30, os participantes deixaram a Boca Maldita, no Centro de Curitiba, rumo ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. A marcha foi organizada pelo Facebook por diferentes grupos e recebe o nome de "Dia do Basta".
Na página do movimento na rede social, cerca de 5 mil pessoas haviam confirmado presença. Apesar de o número real de participantes ter sido bem menor aproximadamente 500, segundo a Polícia Militar; e entre 1 mil e 2 mil, segundo os organizadores -, o evento foi considerado um sucesso. "Como era feriado, sabíamos que era difícil reunir um grande número de pessoas. Mas ficamos muito satisfeitos", disse a coordenadora do movimento na Região Sul, a empresária Ana Caroline Brustolin Kummer.
Os grupos reivindicam voto aberto parlamentar, fim do foro privilegiado, a caracterização da corrupção como crime hediondo, 10% do PIB para educação e a decisão de temas de plebiscitos pelo povo.
Desfile em Curitiba
Cerca de 15 mil pessoas assistiram ao tradicional desfile de 7 de Setembro, realizado na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, em Curitiba, nesta sexta-feira (7). Segundo a Polícia Militar, 4,5 mil pessoas desfilaram pela avenida na parada cívico-militar do Dia da Independência.
Protestos contra a corrupção marcaram as comemorações desta sexta-feira (7) pelo 190º aniversário do Dia da Independência em várias cidades do país e, em muitos casos, os tradicionais desfiles militares foram seguidos de marchas de manifestantes. Em Brasília, centenas de pessoas marcharam pela mesma avenida em que poucos minutos antes passou o grande desfile militar liderado pela presidente Dilma Rousseff.
As comemorações em que Dilma esteve presente também foram permeadas por manifestações de policiais federais em greve, parentes de militares que exigem aumentos salariais e até integrantes de um grupo feminista que, com os seios expostos, conseguiram caminhar alguns metros à frente de um grupo de tanques de guerra.
FOTOS: Confira a galeria de imagens do 7 de Setembro
As manifestações contra a corrupção, convocadas pelas redes sociais em pelo menos 58 cidades, reuniram milhares de pessoas no mesmo palco dos desfiles militares em capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.
Os protestos, convocadas por ONGs que se dizem apartidárias, exigiram maior empenho no combate à corrupção e exibiram cartazes em apoio ao julgamento que do "Mensalão". Foi o segundo ano consecutivo em que ONGs convocaram manifestações contra a corrupção no Dia da Independência.
Assim como no ano passado, a maior parte dos manifestantes esperarou que os militares concluíssem seu desfile pela Esplanada dos Ministérios, a principal avenida de Brasília, para marchar em frente às mesmas escadarias em que pouco antes cerca de 40 mil pessoas assistiam aos desfiles militares.
Poucas horas antes, a presidente abriu o desfile militar a bordo do Rolls Royce "Silver Wraith" sem capota doado pela rainha Elizabeth II em 1953 e usado pelos presidentes em ocasiões especiais.
O desfile foi interrompido a vários metros do camarote presidencial por duas integrantes da célula brasileira do Femen, o grupo internacional de feministas nascido na Ucrânia e que ficou famoso porque suas ativistas costumam aparecer sem camisa para lutar pelos direitos das mulheres.
As duas manifestantes, que entraram na avenida usando apenas shorts e empunhando cartazes com slogans feministas, foram retiradas à força por oito policiais e levadas para uma delegacia.
O desfile em Brasília foi encerrado com um espetáculo da "Esquadrilha da Fumaça".
Já a celebração militar no Rio de Janeiro teve como novidade neste ano a exibição da Bandeira Olímpica, recebida pelas autoridades municipais no mês passado no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, já que a cidade será sede dos jogos em 2016.
Fiscalização do Pix pode ser questionada na Justiça; saiba como evitar cobranças
Regulação das redes: quem é o advogado-geral da União que se posicionou contra Mark Zuckerberg
Impactos da posse de Trump nos EUA animam a direita; ouça o podcast
Sidônio toma posse para tentar “salvar” comunicação de Lula